Escola Engenho de Recife está de volta!
setembro 13, 2016Por Lia Letícia / Escola Engenho
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Foto: Adalberto Oliveira |
O curso “O que vemos, o que nos olha” parte do acervo de vídeoarte da Fundação Joaquim Nabuco para propor um mergulho de de experimentação e criação artística com jovens e adultos.
Quando vemos o que está diante de nós, porque um outro sempre nos olha, impondo um aqui em nós, dentro de nós? Porque o ato de ver sempre abre um vazio que nos olha de volta, nos concerne e, em certo sentido, nos constitui? É a partir desta linha de investigação proposta pelo filósofo e historiador de arte Didi-Huberman, no livro homônimo de 1992, que o projeto “o que vemos, o que nos olha” se coloca.
Qual seria a função de uma ação formativa no contexto brasileiro hoje, país que teve e tem sua vida política constantemente usurpada sendo a produção e veiculação de múltiplas mídias um de seus mais fortes agentes? No Brasil, a memória é algo revolucionário e será aqui investida para ressignificar o tempo presente, mirando nosso processo histórico. Diante de uma automática e imperiosa produção de “novas” imagens”, o projeto vem sugerir o estabelecimento de uma relação antropofágica com as obras do acervo de videoarte da Fundaj, ligando os sujeitos-pesquisadores, suas motivações e expressões artísticas a um arcabouço de experiências e reflexões.
O curso “O que vemos, o que nos olha” está inserido nas ações da Escola Engenho, espaço de formação, arte e tecnologia e desta vez abre inscrições para pessoas a partir de 18 anos de idade que realizem algum trabalho, mesmo que inicial, de pesquisa ou experiência com arte e tecnologia, interessadas em interfaces de produção artística nos mais diversos suportes: desenho, grafite, música, artes plásticas e visuais, audiovisual, teatro, performance, etc.
Conduzido por Lia Letícia e coordenado por Mariana Porto, o curso tem caráter de pesquisa, discussão e experimentação de tecnologias em seus mais diversos suportes - o corpo, o som, a imagem - relacionando-os com este espaço inquietante entre observador e observado. Os encontros presenciais serão realizados na Escola Engenho localizada no bairro Engenho do Meio e na Fundação Joaquim Nabuco de Casa Forte. Durante o curso, receberemos os artistas Daniel Santiago, Fernando Peres e Paulo Meira, cujas as obras estão no acervo de videoarte da Fundaj, e que individualmente apresentarão ações aberta ao público. Ao fim do processo, os participantes serão convidados a remontar uma das obras do acervo, em qualquer suporte, a ser apresentado como conclusão do curso.
Sobre Coordenadora e Pesquisadora
Mariana Porto
Realizadora, montadora e educadora ligada ao audiovisual. Realizou três curtas-metragens e está em fase de preparação de seu primeiro longa. Atualmente leciona direção de arte e montagem como professora substituta na UFPE. Pesquisou a alteridade nos documentários construídos a partir da noção de cultura popular no mestrado (UFBA -Universidade federal da Bahia). Possui graduação em psicologia e formação paralela em teatro, performance e cinema. Leciona em cursos superiores e oficinas desde 2007. Criou e coordenou o projeto Escola Engenho – espaço de experimentação audiovisual para crianças – no Recife (2010 – 2014), e foi coordenadora regional do projeto inventar com a diferença (www.inventarcomadiferenca.org– Secretaria de Direitos Humanos/UFF).
Sobre Educadora e Pesquisadora
Lia Letícia
Inicia sua trajetória ainda em Porto Alegre/RS com cenografia, teatro de bonecos e arte dos carros alegóricos de escolas de samba. Em 1997 segue para Olinda/PE onde desenvolve projetos de pintura em ateliê próprio, mas também em murais na rua, festas, eventos e bares, como a Soparia, Pina de Copacabana e Abril por Rock. Vai morar na casa Molusco Lama participando de várias exposições coletivas e suas primeiras individuais, em espaços como IAC/UFPE, Paço Imperial/RJ, Galeria Lunara/RS, MAC/Olinda, assim como em eventos de performance e intervenção urbana. Além de fazer seus próprios filmes, atua como diretora de arte. Participou da produtora Avalanche/POA e hoje coordena ações como o Cinecão, na Galeria Maumau/REC. Desde 2012 é educadora no espaço de experimentação audiovisual Escola Engenho.
Informações:
Contato: escolaengenho@gmail.com
Endereço da Escola Engenho: Rua Lindolfo Collor, 65 - Engenho do Meio,Recife/PE - Sala localizada no prédio do SIS - Serviço Integrado de Saúde, extensão universitária da UFPE.
Endereço da Fundação Joaquim Nabuco/ Museu do homem do nordeste: Av. Dezessete de agosto, 2187 - Casa Forte, Recife/PE - Acervo de videoarte.
Editorial
Coordenadora e Pesquisadora: Mariana Porto de Queiroz
Educadora e Pesquisadora: Lia Letícia
Artistas convidados: Fernando Peres, Paulo Meira, Daniel Santiago
Monitoria Mayara Santana, Rayanne Layssa e Lucas Mariz
Produtora Executiva: Stefania Régis e Manoela Torres
Educadora e Pesquisadora: Lia Letícia
Artistas convidados: Fernando Peres, Paulo Meira, Daniel Santiago
Monitoria Mayara Santana, Rayanne Layssa e Lucas Mariz
Produtora Executiva: Stefania Régis e Manoela Torres
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