[Rio de janeiro-RJ] VOLUME MORTO - Espetáculo do coletivo Líquida Ação está em cartaz no Sesc Copacabana unindo teatro e dança

novembro 05, 2016

Por Kamille Viola / Assessora de imprensa

Volume Morto / Foto: Cícero Rodrigues


Volume morto é a parte do reservatório de água mais próxima do solo. Ao findar essa água, encontramos areia. A desertificação do solo é um processo irreversível, provocada principalmente pela ação humana em desmatar descontroladamente. A escassez da água-vida se manifesta em diversas formas de violência contra os meios naturais e sociais.

O espetáculo Volume morto, em cartaz até 6 de novembro no Sesc Copacabana, expõe os paradoxos de um país que, sendo rico em recursos naturais, vive da exploração predatória e da desigualdade social. Mas até quando sobreviveremos dos volumes mortos que produzimos? A questão, sem resposta, instaura um ambiente de ações instáveis, no qual a agressividade e o medo, arquivos históricos e biográficos, objetos industrializados e fragmentos de textos formam uma dramaturgia baseada no tempo da urgência.

Dirigido por Eloisa Brantes, o trabalho é um projeto do coletivo Líquida Ação. Em cena, os performers Mauricio Lima e Thaís Chilinque, textos, objetos e sons formam uma área de jogo na qual o espectador é confrontado com os problemas da atual sociedade de consumo. A crise hídrica é o motor dessa dramaturgia-colagem baseada em fragmentos de arquivos e documentos presentes nas danças, falas e ações que, ao longo de 60 minutos, compõem uma instalação visual-sonora.

O espetáculo baseado em nossas reservas hídricas propõe um encontro com o irremediável. A montagem fragmentada, arquivos, objetos e a vitalidade dos corpos abrem um jogo de memórias com o futuro do país. Os modelos de desenvolvimento faliram, agora precisamos cuidar da vida. Volume morto é um gesto de amor”, afirma a diretora do trabalho, Eloisa Brantes.

Ficha técnica:
Direção: Eloisa Brantes
Texto: Eloisa Brantes, Mauricio Lima e Thaís Chilinque
Performers: Mauricio Lima e Thaís Chilinque
Arte sonora: Ana Paula Emerich
Iluminação: Lara Cunha
Figurino: Mauricio Magagnin
Colaboração dramatúrgica: Fabiano de Freitas
Designer gráfico: Evee Ávila
Direção de produção: Cau Fonseca | MÍTICA! [arte, cultura e comunicação]
Produção: Julia Ariani
Fotografia: Cícero Rodrigues
Realização: Coletivo Líquida Ação
Operador de Luz: Luciano Pozino

SERVIÇO:
Volume morto
De 20 de outubro a 6 de novembro de 2016
Horário: de quinta a sábado às 19h e domingos às 18h
Local: Sala Multiuso do Sesc Copacabana
Ingressos: R$ 5 (associado do Sesc), R$ 10 (meia), R$ 20 (inteira)
Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro – RJ
Informações: (21) 2547-0156
Bilheteria: aberta de terça a domingo, sendo de terça a sábado das 13h às 21h e domingos das 13h às 20h.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 60 minutos
Lotação: 53 lugares
Gênero: teatro-dança


Sobre o coletivo Líquida Ação:
Artistas com formações diversas que realizam performances de intervenções urbanas desde 2007, pesquisando as relações entre corpo, água e cidade em suas implicações políticas, sociais, estéticas e culturais. Premiado pelo Edital Funarte Artes Cênicas nas Ruas 2009, o grupo participou da Bienal de Dança Sesc-Santos em 2013 e do Circuito das Artes Sesc-SP em 2016, além de outros festivais e mostras em diversas cidades do Brasil. Volume morto é o primeiro trabalho do coletivo realizado em espaço fechado.

Sobre Eloisa Brantes:
Artista fundadora do Coletivo Líquida Ação. Professora Adjunta do Instituto de Artes na UERJ onde coordena o projeto de pesquisa e extensão Espaço Transdisciplinar de Pesquisa e Criação em Performance. Doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia e Mestre em Arts du Spectacle pela Université de Paris 8.


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