[Rio de Janeiro-RJ] Casa Comum: projeto de residência artística ocupa casarão no Estácio e convida para último fim de semana de atividades, nos dias 15, 16 e 17 de julho

julho 12, 2016

Por Kamille Viola / Assessora de Imprensa

Residentes Casa Comum / Foto: Lis Kogan

Casa Comum

Acontece no bairro Estácio, até 18 de julho, a residência artística CASA COMUM, onde nove artistas selecionados seguem criando através da prática coletiva desde 12 de junho. Propostas expositivas e intervenções estão abertas ao público no último fim de semana do projeto. No fim de semana de 15 a 17 de julho, o projeto convida o público a conferir os trabalhos realizados durante a permanência na casa, entre outras atividades.

O processo tem atividades semanais gratuitas. CASA COMUM é um projeto contemplado pelo edital de fomento direto Viva a Arte!, da Prefeitura do Rio de Janeiro, coordenado por Lis Kogan e Mari Fraga e realizado pela Jurubeba Produções. Sua agenda pode ser consultada em www.casacomum.art.br

O conjunto de residentes foi escolhido por edital aberto a artistas de todo o país. Foram selecionados proponentes das cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Salvador, Serra dos Carajás (Pará) e Pelotas, e esse grupo é composto por André Anastácio, Bella, Germano Dushá, Inês Nin, Juliane Peixoto, Marie Carangi, Rogério Nunes Marques, Tiago Sant’Ana e Traplev.

"São artistas de gerações, práticas e contextos diversos, então a troca tem sido muito rica. A estadia no bairro do Estácio atravessa o grupo, provocando vivências e desejos de criação a partir dele", comenta Mari Fraga, coordenadora do projeto. "A casa funciona como um ateliê aberto, e seus espaços são tomados pelos artistas, que têm estado focados na discussão de ideias, investigações e criações a partir dos atravessamentos gerados pelo espaço, entorno e o atual estado das coisas na cidade", completa Lis Kogan, também responsável pela coordenação da CASA COMUM.

Os nove residentes têm compartilhado espaço e tempo, estimulando uns aos outros, imersos no fazer e criar artísticos, permeados também pela vizinhança do bairro do Estácio. Suas pesquisas, experimentos e testes giram em torno das artes visuais, arte sonora, agroecologia, cinema, performance, vídeo, instalação, curadoria, ativismo e projetos editoriais.

Entre os eventos abertos já realizados, constam visitas à horta comunitária da comunidade de São Carlos, e a Marcha das cem tetas, ação performativa de Iroshi Xanai, P.E.L.E.S — aulas-encontros de corpo e movimento com Luiza Cascon —, aula-conversa com o historiador e pesquisador Luiz Antonio Simas sobre as diversas camadas da identidade do bairro do Estácio e o Laboratório de desobediência urbana, com Rogério Marques.

As relações entre arte, espaço público, casa, ateliê e cotidiano são alguns dos trajetos conceituais abordados pelos moradores temporários da CASA COMUM. Os nove residentes foram escolhidos pela comissão formada por Lis Kogan, Mari Fraga, Michelle Sommer, Maíra das Neves e Giseli Vasconcelos após a inscrição de 216 propostas.

Nos dias 15, 16 e 17/7, sábado e domingo, último fim de semana da CASA COMUM, o local estará aberto à visitação entre 14h e 21h. Entre outras coisas, o público poderá conferir obras que foram produzidas na residência artística, como o vídeo da Marcha das cem tetas, o vídeo da performance Delírio Concreto!! 9 artistas e uma obra superfraturada, e o trabalho Cosmoanalog, o mapa composto dos residentes na CASA COMUM como ponto de partida para a construção de uma colagem composta por imago-analogias.

Sexta – 15/7
19h - Pagode Comum
Sábado e domingo – 16/7
? - Passeio cinema: um ônibus antigo, a paisagem carioca e uma trilha sonora serão os elementos da proposição
17h - Fundanga, performance de Tiago Sant'Ana
20h - P.A. Aberto, traga a sua música
Domingo - 17/7
? - Passeio cinema: um ônibus antigo, a paisagem carioca e uma trilha sonora serão os elementos da proposição
14h - Mapa astral comum: bate-papo sobre os processos artisticos desenvolvidos na casa, tendo como ponto de partida a interpretação do mapa composto do grupo.
15h - Feijoada, traga a sua fome

Serviço
O que: Casa Comum – residência artística
Quando: 12 de junho a 18 de julho de 2016
Visitação: 15 de junho, a partir das 19h, e 16 e 17 de julho, das 14h às 21h
Onde: Ibriza. Rua Quintino do Vale, 23 - Estácio, Rio de Janeiro
Quanto: Gratuito


Sobre os artistas:

André Anastacio
Nasceu em: Ipatinga - MG. Vive em: Rio de Janeiro
Campo de pesquisa: Mestre em Artes Visuais pelo PPGAV-EBA. Pintura, gravura, escultura, intervenção urbana, restauração de patrimônio, plásticas sonoras e paisagem sonora. Cocriador do coletivo Biônicos, desenvolveu uma série de oficinas no LabNANO-UFRJ, Oi Futuro, Festival de Cultura Livre da UERJ. Publicou artigos na revista Logos e, atualmente, está ligado ao coletivo UOCO, experimentando texturas visuais e sonoras.

Bella
Nasceu em: Rio de Janeiro. Vive em: Rio de Janeiro
Campo de pesquisa: Arte sonora, relações do som com a performance, instalação. Esteve nos festivais de ruído Perturbe (Curitiba), Atelier Meio (RJ), Quintavant (RJ), Ibrasotope (SP), AVAV 037 (SP), Rosario (Argentina) e La Pampa (Argentina), entre outros. Teve o trabalho da sérieRuídos lançado pela Seminal Records, e está disponível em fita cassete e formato digital.

Inês Nin
Nasceu em: Rio de Janeiro. Vive em: Rio de Janeiro
Campo de atuação: Artes visuais, tecnologias livres, agroecologia, filosofia. Após três meses pesquisando práticas autônomas, agroecologia e permacultura no interior e litoral de São Paulo, a artista se fixou na capital paulista, onde produz ações em torno da performance, experimentações sonoras e audiovisual.

Germano Dushá
Nasceu em: Serra dos Carajás - PA. Vive em: São Paulo
Campo de atuação: escritor, curador e gestor cultural. É cofundador do Coletor (coletor.org), plataforma itinerante e independente voltada para o encontro e desenvolvimento de práticas artísticas contemporâneas, e do Observatório (www.observatorioarte.org), espaço autônomo de exposição e discussão de arte contemporânea no Centro de São Paulo, e fundador do Banal Banal (banalbanal.org), plataforma digital de exposições de arte contemporânea.

Juliane Peixoto
Nasceu em: Brasília - DF. Vive em: Rio de Janeiro
Campo de atuação: cinema, direção de fotografia e artes visuais. Desenvolve pesquisa dentro do Programa de Bolsa de Arte da Pampulha, com o projeto Caulim. Atua em coletivo cearense no projeto Zona de Litígio. Também participou do programa Criadores em Cena, onde o grupo desenvolveu a montagem de exposição Conversa infinita.

Marie Carangi
Nasceu em: Recife - PE. Vive em: Recife - PE
Campo de atuação: performance, vídeo, instalação, feminismo artístico
Sua prática em performance teve início no Lesbian Bar, do artista Fernando Peres, no Recife, quando passou a oferecer cortes de cabelo aos frequentadores. Esse processo levou ao desenvolvimento do trabalho Peluquería carangi e da performance Corte estilo guilhotina. Tal ação consiste no convencimento de voluntárias com cabelos compridos a participarem do corte em máquina de guilhotina gráfica. Dentro da Casa Comum, realizou a ideia da Marcha das cem tetas, onde 50 mulheres caminharam juntas por um trajeto da cidade, registrada em vídeo a ser exibido na casa.

Tiago Sant'Ana
Nasceu em: Santo Antonio de Jesus - BA. Vive em: Salvador - BA
Campo de atuação: artes visuais, performance, curadoria, ativismo
Mestre em Cultura e Sociedade pela UFBA. Investiga potencialidades visuais das produções simbólicas do povo negro. Participou do grupo de performance Mandu. Atualmente, integra o Coletivo Osso de Performances Urbanas, articuladora de uma rede de artistas da performance na América Latina. Integrou o corpo de curadores da terceira Bienal da Bahia.

Traplev
Nasceu em: Caçador - SC. Vive em: Recife - PE
Campo de atuação: artes visuais, projetos editoriais, prática curatorial.
Contextos de suas práticas artísticas aparecem nos editoriais de Recibo, publicação editada e cocriada por ele em 2002, onde se apropria do exercício da crítica de arte como extensão da prática artística (e vice-versa). Interage com questões da economia, negociações cotidianas e institucionais críticas.

Rogerio Machado
Nasceu em: Rio Grande - RS. Vive em: Pelotas - RS
Campo de atuação: Desdobramentos entre arte x espaço público, intervenções urbanas, design, arquitetura e urbanismo. Desenvolve a pesquisa de mestrado Desobediência Urbana: criação de dispositivos para reversão de equipamentos urbanos hostis e situações de urbanismos totalitários, na UFPEL, onde busca identificar, discutir e reverter situações que chama de Totalitarismos Urbanos, desencadeadas por processos de reformulações espaciais econômicas na cidade e suas formas de uso do espaço público.







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