Nos dias 11 e 13 de maio, a Fundação Joaquim Nabuco recebe uma oficina sobre imaginário, identidade e transterritorialidade com os artistas Daniel Beerstecher e Flávia Mattar, contemplados no edital de Residências Artísticas 2015. Os encontros acontecerão das 15h às 18h na Galeria Massagana. Interessados deverão enviar um breve texto de apresentação para o e-mail educativoecmm@fundaj.gov.br.

A oficina faz parte da atual pesquisa dos artistas e pretende reunir pessoas interessadas em apresentar e discutir memórias, vivências e imagens que, para si, se relacionam ao Nordeste. Que imagem representa a região? O seu cotidiano, seu pertencimento? O material apresentado pelos participantes poderá fazer parte da instalação de arte que será montada por Flávia e Daniel nas galerias da Fundaj.

Na residência que fazem na cidade do Recife, os artistas pretendem fugir do lugar comum, difundido pela mídia sobre a identidade nordestina e sobre o Nordeste, e aproximar-se do olhar das pessoas locais, que sempre residiram na região, nunca migraram para outras localidades do país, a não ser a passeio.

Os artistas pedem que os participantes olhem seus arquivos e tragam para a oficina quatro ou cinco imagens. Podem ser fotografias, gravuras; ou mesmo trechos de textos, objetos, que remetam diretamente às suas vivências no Nordeste: Um local que goste, uma imagem que represente seu pertencimento à região, uma paisagem.

A oficina dialoga diretamente com o projeto proposto pelos artistas no Edital de Residências Artísticas 2015,da Fundaj, que busca refletir o ser e sentir-se nordestino a partir da perspectiva dos moradores locais da região em contraponto com a visão nos moradores do Complexo da Maré, favela do Rio de Janeiro que começou a se desenvolver a partir da década de 40 por nordestinos que migraram.

No primeiro encontro, o grupo conversará sobre o conceito da exposição e haverá uma discussão sobre as primeiras imagens selecionadas – porque pensaram nessas imagens, imagem e clichê etc. Depois da conversa, poderão trazer novas imagens para o segundo encontro. Durante a oficina, os artistas mostrarão as falas gravadas dos moradores do Complexo da Maré, bem como o vídeo com os repentistas.