Recife ganhará novo museu em 2015
outubro 30, 2014![]() |
Foto: JC Imagem |
Em 2015, a antiga Fábrica Tacaruna se transformará em museu de artes sacras.
O acervo de artes sacras do colecionador pernambucano Zé Santeiro fará parte das instalações deste novo equipamento cultural. O projeto tem o apoio da futura primeira-dama, Ana Luiza Câmara, e do empresário Pedro Schwambach e deve ser apresentado só no próximo ano, pois ainda necessita de aprovação do governo.
A curadoria é de Fernando Guerra e Luiz Felipe Moura, que adiantam que as peças serão divididas em séculos.
Você conhece a história da Fábrica Tacaruna?
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Foto: JC Imagem |
Em 1890 são iniciadas as obras de implantação da Usina Beltrão, a primeira e mais moderna refinaria da América do Sul, na área conhecida por Tacaruna, limítrofe entre os municípios de Recife e Olinda. O projeto da usina primava pela qualidade estética e técnica da edificação observando, na sua concepção e construção, detalhes até então pouco ou nunca utilizados como: uso do concreto armado em um estabelecimento industrial; instalação de luz elétrica; criação de cooperativa com sistema de atendimento médico e construção de moradia para os funcionários e operários da usina; e sistema de água canalizada para a operação das máquinas da empresa. Em 1895 as obras da Usina são concluídas.
Entre 1897 e 1899 a Usina Beltrão é comprada pela firma Cunha & Gouveia, liderada pelo empresário Delmiro Gouveia. A perseguição política a Delmiro Gouveia e sucessivas crises no setor açucareiro, forçam a Usina a fechar suas portas, assim permanecendo por 27 anos.
O conjunto edificado é adquirido, em 1924, pela Companhia Manufatora de Tecidos do Norte que o transforma em indústria têxtil, passando a se chamar Fábrica Tacaruna. Seu funcionamento é considerado favorável no período de 1925 a 1955. O uso se mantém até 1980 quando a produção diminui vertiginosamente.
Em 1975 o controle acionário da Fábrica é assumido pela Tecelagem Parayba do Nordeste. Em baixa produtividade, a Fábrica passa a produzir cobertores a preços populares encerrando definitivamente suas atividades industriais em 1992.
O conjunto fabril é tombado em 1994 como patrimônio histórico e artístico pelo Governo Estadual e, em 1996 é declarado de utilidade pública para fins de desapropriação.
Finalmente a partir de 1998 iniciam-se os estudos para a implantação do novo uso – Centro Cultural – no conjunto da fábrica.
Estas transformações no uso do edifício são emblemáticas e simbólicas, coincidindo com os ciclos econômicos vividos pela região nos últimos 100 anos. O primeiro uso – usina de açucar – representa o período agrícola; o segundo – indústria textil – a transformação econômica para a produção industrial de manufaturados; e, finalmente, a proposta atual – centro de cultura – representa o setor de serviços, aliando a produção cultural com a moderna indústria do turismo.
Entre 1897 e 1899 a Usina Beltrão é comprada pela firma Cunha & Gouveia, liderada pelo empresário Delmiro Gouveia. A perseguição política a Delmiro Gouveia e sucessivas crises no setor açucareiro, forçam a Usina a fechar suas portas, assim permanecendo por 27 anos.
O conjunto edificado é adquirido, em 1924, pela Companhia Manufatora de Tecidos do Norte que o transforma em indústria têxtil, passando a se chamar Fábrica Tacaruna. Seu funcionamento é considerado favorável no período de 1925 a 1955. O uso se mantém até 1980 quando a produção diminui vertiginosamente.
Em 1975 o controle acionário da Fábrica é assumido pela Tecelagem Parayba do Nordeste. Em baixa produtividade, a Fábrica passa a produzir cobertores a preços populares encerrando definitivamente suas atividades industriais em 1992.
O conjunto fabril é tombado em 1994 como patrimônio histórico e artístico pelo Governo Estadual e, em 1996 é declarado de utilidade pública para fins de desapropriação.
Finalmente a partir de 1998 iniciam-se os estudos para a implantação do novo uso – Centro Cultural – no conjunto da fábrica.
Estas transformações no uso do edifício são emblemáticas e simbólicas, coincidindo com os ciclos econômicos vividos pela região nos últimos 100 anos. O primeiro uso – usina de açucar – representa o período agrícola; o segundo – indústria textil – a transformação econômica para a produção industrial de manufaturados; e, finalmente, a proposta atual – centro de cultura – representa o setor de serviços, aliando a produção cultural com a moderna indústria do turismo.
Texto: História da Fábrica Tacaruna
Fonte da notícia: Diario de Pernambuco
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